terça-feira, dezembro 04, 2007

visitas à infância - série 2


essa aí veio de longe.
no site onde a encontrei tem esta data, copio dessa forma, mas eu já tocava essa canção ali pelos meus 13 anos. 1981. Foi a segunda que aprendi no piano, tirada de ouvido.
Confesso agora que a primeira foi uma do Fábio Jr., minha paixão recolhida, assumo.
Profundo pecado no conservatório de minha infância.
O pecado não era gostar do Fábio Jr. Isso virou pecado depois.
O pecado era tirar música popular de ouvido, enquanto eu devia estar tocando Mozart e companhia. Sem preconceitos posteriores, é claro.
Foram muitos anos de paixão por essa música. Viajante.
Já pensou?
Uma criança, porque eu era criança aos 13 anos, cantando essa canção como se soubesse o que estava dizendo?
Ainda sou criança, mas cresci e sei hoje muito bem, hoje, vejam bem, agora mesmo, o que essa canção quer dizer.
Na minha saga de redefinição das palavras, resignificação seria melhor, ela apareceu.
E eu compartilho com vc.

http://www.paixaoeromance.com/80decada/viajante/h_viajante.htm


Viajante
(1989)

Composição: Teresa Tinoco

Interpretação: Ney Matogrosso


Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser seu talvez, pra ser seu talvez

Mas o viajante é talvez covarde
Ou talvez seja tarde pra gritar que arde no maior ardor
A paixão contida, retraída e nua
Correndo na sala ao te ver deitada
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar
Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas com que insistimos em nos defender


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