domingo, dezembro 09, 2007

ao colégio canarinho sapiens

minha filha terminou a 9ª série. estudou nesta escolha desde quando nem sabia falar direito.
estudamos, nós duas e todas as crianças lindas que viraram pessoas lindas e fazem parte da família, assim como os pais deles, meus irmãos, irmãs, cunhadas e cunhados.
escrevi esse texto porque eles me escolheram pra ser oradora dos pais, enquanto a clarissa era oradora dos estudantes.

"Este dia é particularmente especial.

Porque sinaliza o final de uma jornada. E final quer sempre dizer recomeço.

Porque a gente precisa aprender ou lembrar que sempre soube, do princípio da eternidade.

E eu entendo eternidade como começo, meio, fim, começo, meio, fim, começo, meio, fim e assim eternamente.

Dessa forma me é mais tranqüilo falar aqui hoje. Porque nesse princípio está embutido a certeza de que nada acaba. Tudo continua, não em dimensões paralelas, mas é como se fosse. Porque continua dentro da gente. Acessível.

O que a gente aprende continua e vai passando adiante. As nossas memórias são as roupas mais agradáveis de vestir.

Como um casaco gostoso. Quando tá calor nos joga uma brisa e a gente se refresca. No frio, nos aquece de forma acolhedora.

Esta escola é assim. Eterna, acolhedora. Um casaco que jamais deixará de abraçar nossos filhos e a nós mesmos para sempre. E o que é ainda melhor. A gente não pode se desfazer dele. É um bem adquirido. Inalienável. É nosso. Só basta multiplica-lo, dividi-lo, soma-lo estando sempre juntos, mesmo que daqui por diante nossos filhos sigam caminhos aparentemente diferentes.

Eu queria mesmo que toda criança, todo adolescente tivesse a chance de ser um aluno Canarinho, ou um aluno Sapiens.

E isso utopia. Utopia pra mim é uma coisa plenamente realizável. Basta querer.

Eu podia passar mais do que meia hora aqui falando de cada um em particular, direção, coordenação, professores tão queridos meus, funcionários e amigos, dizendo das conquistas que vi acontecerem, dizendo do sorriso, da confiança. Mas a gente sabe disso tudo, lágrimas a mais seriam redundâncias.

Então eu prefiro acreditar que cada um de vocês que fazem esta escola hoje se sintam abraçados, agraciados, envolvidos por uma luz que é interna e ao mesmo tempo vem de Deus. Vocês todos são iluminados, especiais, únicos e abrem os braços pra incluir cada dia mais gente neste ciclo. De novo a eternidade.

Minha gratidão é eterna, minha vontade de que esta escola continue firme e sempre pautada na delicadeza, observação, empenho e carinho da Célia Luna, essa vontade é enorme. Porque é na pessoa dela que agradeço a cada um de vocês.

Muito antes do momento em que a Clarissa me escolheu pra ser mãe, eu já tinha escolhido a Célia pra cria-la junto comigo.

E ela sabe disso.

A emoção deste momento vai ficar conosco pra sempre, como uma alegria. E a gente pode lembrar dela cada vez que quiser se reenergizar em direção à eternidade.

Quem é eterno sabe optar. Quem sabe optar, sabe ensinar à optar. E quem aprende à optar, opta pela eternidade de si mesmo, do planeta e do amor.

Eita eu nem tinha falado do amor, mas amor sempre está incluído em eternidade.

É porque o amor permeia todo o caminho que nos fez chegar até aqui.

E é com amor que nos despedimos. Eu e minha filha. Nós todos e esta escola, que foi a melhor opção de todos nós.

Que isso tudo se eternize, é minha oração.

Obrigada."

terça-feira, dezembro 04, 2007

visitas à infância - série 2


essa aí veio de longe.
no site onde a encontrei tem esta data, copio dessa forma, mas eu já tocava essa canção ali pelos meus 13 anos. 1981. Foi a segunda que aprendi no piano, tirada de ouvido.
Confesso agora que a primeira foi uma do Fábio Jr., minha paixão recolhida, assumo.
Profundo pecado no conservatório de minha infância.
O pecado não era gostar do Fábio Jr. Isso virou pecado depois.
O pecado era tirar música popular de ouvido, enquanto eu devia estar tocando Mozart e companhia. Sem preconceitos posteriores, é claro.
Foram muitos anos de paixão por essa música. Viajante.
Já pensou?
Uma criança, porque eu era criança aos 13 anos, cantando essa canção como se soubesse o que estava dizendo?
Ainda sou criança, mas cresci e sei hoje muito bem, hoje, vejam bem, agora mesmo, o que essa canção quer dizer.
Na minha saga de redefinição das palavras, resignificação seria melhor, ela apareceu.
E eu compartilho com vc.

http://www.paixaoeromance.com/80decada/viajante/h_viajante.htm


Viajante
(1989)

Composição: Teresa Tinoco

Interpretação: Ney Matogrosso


Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser seu talvez, pra ser seu talvez

Mas o viajante é talvez covarde
Ou talvez seja tarde pra gritar que arde no maior ardor
A paixão contida, retraída e nua
Correndo na sala ao te ver deitada
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar
Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas com que insistimos em nos defender


domingo, dezembro 02, 2007

Williams Pereira

O vento e o mar calaram os dedos da canção!
Só por um tempo!
Porque canção é eterna!
Nem dá pra descrever dor nem saudade!
Peço a Deus que ilumine vocês amigos mais próximos, família, pra terem força e ousadia de te-lo sempre reverenciado na memória
Memória feliz!
De um homem doce, guiado pela canção!
Minha oração, ouvindo agora o cd dele e de Mariana Leporace
http://www.myspace.com/mariannaleporaceewillianspereira
agora mesmo, é que ele está em paz.
Em paz e em música!
Para sempre, amém!

lula queiroga e eu

acabei de chegar do show de Lula.
Pernambuco na veia.
Foi bom!
Eu gostei! Não o conhecia, além do "quanta ladeira". Oh saudade! mas não é a saudade que me move.
É meu momento de encontrar coisas que não sei. Momento de me encontrar com os abraços que recebi. Gente que nunca mais tinha visto. Muito carinho no ar.
Me senti bem diante das fotos. Celso Oliveira, Ângela Moraes, Beatriz Furtado, André Scarlazari.
Tanto trabalho bom, tanto olhar captado, tanto mundo dentro da DiVerCidade.
Lula Queiroga.
Cantou canções inéditas, cantou sucessos de Lenine, pra mim soou tudo inédito, com muita programação. Um show que começou cansado e foi criando energia. E eu bebi música, sem álcool. E dançei e curti, um sábado de muuuuito tempo.
Eu sei que saudade não cabe em lugar nenhum agora que não cabe em mim que encontrei um lugar pra habitar.
E música de Lula Queiroga hoje caiu como Reck Beat. Deu pra chegar junto, me diverti, senti uma cidade pulsar e ao mesmo tempo não enlouqueci nem quis estar num outro lugar.
Meu lugar é aqui e agora!
E citando Lula Queiroga..... poxa esqueci de comprar o cd....!!!
" Amanhã você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã, você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã, você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã".... ah... eu posso repetir isso até amanhã e amanhã sempre vai ser amanhã...
Aquela música me deixou meio surda como tantos shows hoje em dia. Meio sonza, meio música. Me deu vontade de palco. Me deu vontade de platéia. E eu me segurei em mim agora mesmo. Nem palco, nem platéia.
Música!
Ele não é nenhum Sérgio Santos, mas eu também não sou nenhuma Maria Calas.
Música mexe comigo. Mesmo aquela que poderia não encantar. Música mexe comigo. Tudo que eu permito que se aproxime mexe comigo.
E a música se aproxima sem que eu queira.
Como você amanha, quando me encontrar.