existe coisa muito mais importante que medir força com meu próprio sentimento.
quando não estou confortável é apenas porque uma cobrança existe. uma mágoa sem precedente nem endereço, como carta anônima.
quando o desconforto permanece, me indica o sinal seguinte. há algo doente dentro de mim.
é aí que preciso parar, tomar incontáveis banhos, me dar carinho, colo, converso comigo mesma e a ferida aparece, sem medo do remédio.
existe coisa muito mais importante do que paliativo, pra dor.
eu me conheço à medida que mergulho atrás de ti.
e tu não és minha dor ou ferida. tu és meu refúgio. é dentro de mim que te encontro mais presente.
e à medida que mergulho tu vais sendo criado. porque a pérola que até Deus procura e nunca acha, é à gente que cria enquanto mergulha tentando encontra-la. é a história de uma vida.
o que há fora ainda é desconforto, falta de ar, desencontro, ainda é necessidade de perdão.
perdoar a mim mesma como tenho vontade de perdoar o que ainda virá.
e que seja tudo como início, no meio e no fim.
existe coisa muito mais importante do que o que me incomoda, se é que incomoda.
existe o pavor de me acostumar com a falta. porque é assim mesmo. se não era pra ser, não será, não foi. e eu me acostumo.
não, eu não me acostumo, eu mergulho mais profundo, até onde o ar me permite, e vou criando mais capacidade de reter o ar, pra transforma-lo em som quando preciso fôr.
sempre é preciso.
existe coisa mais importante do que eu mesma.
existe sim. existe o amor.
e é isso que aprendo com você. e nunca vou desistir de aprender cada vez mais.
é quando a gente está pronto que o mestre aparece.
amém.
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