sexta-feira, junho 06, 2008

saudade - edaduas

que coisa me ocorreu agora.

olha a grafia:

saudade e -da - duas!

pois é.

precisa de pelo menos 2 pra essa dona nos tomar.

e olhe que nem é o passado que me deixa com uma carinha de dar dó de mim.

é do futuro!

ando me arranhando por dentro de saudade.

me digo assim:

isso é bem problema teu.

me respondo:

ainda bem. sou duas. a interna e a externa. numa só.

faltam mais dois.

mas nem sob tortura eu falo aqui.

preu não ouvir, deve ser.

perguntas e repostas e eu sempre consigo dar conta.

essa saudade, idade, duas almas que não se encontram mas não se largam.

eu já sei que minha missão na vida passa por você. como quem precisa ser filtrada.

eu já sei que sem você eu vivo bem. eu sonho, produzo, me encontro, me entrego.

eu sei bem que caminhando com o vento, como tem acontecido eu vou já me desligar da sua presença, tendo você em mim como tenho sempre. Tendo você em mim, não preciso ter você.

que terrível e que maravilhoso. Não há limite. algum.

mas nada disso é bom. bom mesmo é saber que daqui a pouco eu lhe beijo. daqui a pouco você me liga e diz: tou com saudade de tu, meu desejo.

e eu sei que não preciso viver sem você. somente porque você me diz e eu acredito.

oh saudade, que coisa. escrevo e não passa...

pensei que fosse dar vida a essa página em branco e ela aquietasse esse constante roçar dentro de mim.

mas cada vez que a vida acontece, mais trabalho se apresenta. só não quero ter saudade de você do seu ladinho. nunca mais.

adeus saudade. não te preciso mais.

vou-me embora pro futuro, lá sou amiga do rei.

lá o rei somos nós.

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