terça-feira, dezembro 09, 2008

só de ti

quem se vê não se enxerga.

eu no espelho sou reflexo de uma grande busca.

não existem equívocos. é quase matemática.

tudo interligado em programas já estabelecidos.

se encontro o programa original me fortaleço em desbancar os programas que existem como vírus.

o amor cabe na matemática. o amor é matemático como a música.

somente com carinho e entrega dá pra chegar onde quero.

e onde será isso?

sei que é o contrário da minha ação.

eu involuntário e eu no controle.

existe o "x" da questão.

enquanto me embalo com sons que não são meus eu vislumbro o passado escondido como quem não quer chegar.

mas não há prisão nenhuma além da ilusão.

e não há em mim nada tão escondido assim.

eu posso me ver sob a sua ótica e acreditar no seu caminho de amor.

eu me projeto em você e me protejo. mas pra que proteção? pra que projeção? ela só disfarça a raiva que sinto. uma raiva imensa, ancestral, uma raiva contida pois ninguém é de fato responsável pelo lugar onde me encontro, além de eu mesma.

mas onde sou?

sou justo onde quero.

minha fé que é bem maior e mais antiga que meus problemas conduzem essa longa e exaustiva procura, busca.

Já encontrei. Já sou. Tenho apenas que descansar.

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