tenho uma maneira peculiar de ser.
todos temos!
a partir de experiências próprias, vou explicando como...
pode parecer a você que tenho essa angústia toda, essa tristeza, melancolia, saudade do passado, saudade do futuro, saudade do presente.
é só discurso.
tou mudando.
o discurso.
não preciso pagar pedágio pra ser feliz.
eu sei. mas não digo.
digo, mas não pareço viver assim.
Mas vivo.
ser independe. só escolho a forma de demonstrar.
aliás, escolho agora que sei como.
liberdade é isso? É não esperar? Apenas seguir? Você me diz e eu acredito.
Mesmo quando tudo parece parado, nada está. É movimento constante.
Ausência de medo.
Temor não há.
cantar de outra forma já canto. você me encantou.
e me ensinou o que eu sempre ensinei.
fé, confiança, sabedoria ancestral.
eu agradeço.
eu e eu e quem mais?
cada um por aí reformado pelo amor.
do jeitinho que Monteiro Lobato uma vez projetou, intuiu, divulgou.
a reforma da natureza.
eu e eu e o amor.
basta.
sábado, setembro 29, 2007
quarta-feira, setembro 19, 2007
eu e o mar
Saí pra encontrar o mar no final da tarde.
Aqui mesmo, perto de casa.
Não bastava mais vê-lo da janela.
Descalça eu cheguei mais perto, senti mesmo a areia embaixo dos pés, num afago que a tempos não quis.
Eu posso sempre vir até aqui, mas não venho...
E a água veio de mansinho e disse olá!
Tudo meio tímido, como acontece quando se quer muito e não se sabe como.
E eu fiquei naquela vontade doida de me jogar n´agua sem pensar em nada mais.
Pesar.
A vida estava às minha costas, gente caminhando, carros passando, turistas nas barracas tão pertinho que eu nem tinha mais como não saber o que falavam.
Todos falam um só idioma frente ao mar.
E eu não fiz a minha vontade. Fiquei naquele namoro de: mais tarde, quando eu tiver mais tempo, quando tudo for perfeito. Quando eu não tiver à vida me batendo às costas.
E eu lembrei de mim, me encontrei diante da vida naquele mesmo contato.
Deixa pra mais tarde porque agora não dá tempo de viver.
Tenho trabalho, contas à pagar, projetos, tudo caminha muito bem.
Quando for o momento eu mergulho, no mar e na vida.
E eu voltei. Meio desgostosa mas muito feliz porque cheguei até ali.
Não foi o suficiente mas eu cheguei até ali.
Não me deixei tomar inteira mas eu cheguei até aqui.
Não me deixa mais esse conforto. O mar está bem aqui. Ao alcance do olho, da mão, iluminado com o final da tarde.
Todo mundo tem vontade de ficar somente ali.
Eu tenho muita vontade de viver a vida como quem se deixa amar pelo mar.
Por mais perigoso que pareça, ainda é o mar, ainda é violento e calmo. Sensível e enganador. Mas é o mar e eu o quero muito.
E vou voltar mais vezes, vou me dar tempo de amar.
Vou mergulhar e sentir aquela água quentinha tomando conta de mim, me cuidando, o sal lambendo o que não deve estar ali. O sal despoluindo. O sal tirando os maus espíritos. A agua me embalando do jeito que ela quer e não do jeito que eu quero.
O mar é completamente perfeito e quero vive-lo como vivo a minha vida.
E quero que seja agora.
E não me basta mais esperar o momento perfeito.
A perfeição!
Eu já a trago em mim.
Só me basta aproveitar.
Amém.
Aqui mesmo, perto de casa.
Não bastava mais vê-lo da janela.
Descalça eu cheguei mais perto, senti mesmo a areia embaixo dos pés, num afago que a tempos não quis.
Eu posso sempre vir até aqui, mas não venho...
E a água veio de mansinho e disse olá!
Tudo meio tímido, como acontece quando se quer muito e não se sabe como.
E eu fiquei naquela vontade doida de me jogar n´agua sem pensar em nada mais.
Pesar.
A vida estava às minha costas, gente caminhando, carros passando, turistas nas barracas tão pertinho que eu nem tinha mais como não saber o que falavam.
Todos falam um só idioma frente ao mar.
E eu não fiz a minha vontade. Fiquei naquele namoro de: mais tarde, quando eu tiver mais tempo, quando tudo for perfeito. Quando eu não tiver à vida me batendo às costas.
E eu lembrei de mim, me encontrei diante da vida naquele mesmo contato.
Deixa pra mais tarde porque agora não dá tempo de viver.
Tenho trabalho, contas à pagar, projetos, tudo caminha muito bem.
Quando for o momento eu mergulho, no mar e na vida.
E eu voltei. Meio desgostosa mas muito feliz porque cheguei até ali.
Não foi o suficiente mas eu cheguei até ali.
Não me deixei tomar inteira mas eu cheguei até aqui.
Não me deixa mais esse conforto. O mar está bem aqui. Ao alcance do olho, da mão, iluminado com o final da tarde.
Todo mundo tem vontade de ficar somente ali.
Eu tenho muita vontade de viver a vida como quem se deixa amar pelo mar.
Por mais perigoso que pareça, ainda é o mar, ainda é violento e calmo. Sensível e enganador. Mas é o mar e eu o quero muito.
E vou voltar mais vezes, vou me dar tempo de amar.
Vou mergulhar e sentir aquela água quentinha tomando conta de mim, me cuidando, o sal lambendo o que não deve estar ali. O sal despoluindo. O sal tirando os maus espíritos. A agua me embalando do jeito que ela quer e não do jeito que eu quero.
O mar é completamente perfeito e quero vive-lo como vivo a minha vida.
E quero que seja agora.
E não me basta mais esperar o momento perfeito.
A perfeição!
Eu já a trago em mim.
Só me basta aproveitar.
Amém.
terça-feira, setembro 18, 2007
saber
Faz escuro enquanto espero e nenhuma poesia embala minha angústia.
que angústia?
invento um outro nome para pressa?
ou seria uma nova forma de ficar em silêncio quando devo cantar?
ou uma nova forma de cantar quando devo ficar em silêncio?
ou não preciso cantar meus silêncios enquanto eles me cantam uma pressa incômoda?
meus longes, meus pertos, estão todos confusos, misturados.
Meu dicionário não me serve mais pois descobri já, já que confundia sentimentos, sensações, palavras.
Expressão.
Resignificação.
É disso que eu preciso.
As palavras sempre foram minhas amigas, aliadas, caridosas.
Mas eu nunca as conheci direito.
Assim como não conhecia a mim, a tudo.
Saber é um estado de graça.
Que não nasce nunca. Não morre. É eterno. Sempre esteve.
Eu é que não sabia.
que angústia?
invento um outro nome para pressa?
ou seria uma nova forma de ficar em silêncio quando devo cantar?
ou uma nova forma de cantar quando devo ficar em silêncio?
ou não preciso cantar meus silêncios enquanto eles me cantam uma pressa incômoda?
meus longes, meus pertos, estão todos confusos, misturados.
Meu dicionário não me serve mais pois descobri já, já que confundia sentimentos, sensações, palavras.
Expressão.
Resignificação.
É disso que eu preciso.
As palavras sempre foram minhas amigas, aliadas, caridosas.
Mas eu nunca as conheci direito.
Assim como não conhecia a mim, a tudo.
Saber é um estado de graça.
Que não nasce nunca. Não morre. É eterno. Sempre esteve.
Eu é que não sabia.
segunda-feira, setembro 03, 2007
e a saudade, o que é?
é a sua mão que procuro.
inevitável.
quando saio do carro. ando na rua. encaro caminhos.
é sua cabeça que eu afago, assim de longe, perto.
tão perto.
é seu olho que eu miro.
sua voz que escuto naquela impressão sobre um fato.
um filme. uma questão qualquer.
é seu sentido atento que me faz enxergar minha falta de atenção.
cuidado! olha o freio! essa velocidade! presta atenção...
assim você falando em mim quando não está aqui.
eu escuto.
busco sua mão.
enxergo seu olho.
lhe enxergo em mim.
e a saudade o que é?
é esse misto de coisa nenhuma e tudo.
já se falou tanto, tanto, tanto...
tanta poesia, tanta canção.
e nada traduz.
não a nossa.
da sua saudade eu entendo.
da minha saudade só você.
me manda mensagem à tarde.
só li de noitinha. quando a falta do seu braço quis me sufocar.
e ali a saudade se desfez.
e só "eu amo você" fica aqui em todo lugar.
eu durmo só.
mas durmo bem.
o sonho é bom.
e a saudade, o que é?
amanha é uma outra
até você chegar aqui.
inevitável.
quando saio do carro. ando na rua. encaro caminhos.
é sua cabeça que eu afago, assim de longe, perto.
tão perto.
é seu olho que eu miro.
sua voz que escuto naquela impressão sobre um fato.
um filme. uma questão qualquer.
é seu sentido atento que me faz enxergar minha falta de atenção.
cuidado! olha o freio! essa velocidade! presta atenção...
assim você falando em mim quando não está aqui.
eu escuto.
busco sua mão.
enxergo seu olho.
lhe enxergo em mim.
e a saudade o que é?
é esse misto de coisa nenhuma e tudo.
já se falou tanto, tanto, tanto...
tanta poesia, tanta canção.
e nada traduz.
não a nossa.
da sua saudade eu entendo.
da minha saudade só você.
me manda mensagem à tarde.
só li de noitinha. quando a falta do seu braço quis me sufocar.
e ali a saudade se desfez.
e só "eu amo você" fica aqui em todo lugar.
eu durmo só.
mas durmo bem.
o sonho é bom.
e a saudade, o que é?
amanha é uma outra
até você chegar aqui.
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