eu tive uma estrela no céu a me guiar - eu tenho uma estrela no céu a me guiar
os sinais eram palavras deixadas à vista - são sinais deixados à vista
que pena que não aprendi a ler desde pequenina - esqueço que sei
o que sei nunca me valeu pra traduzir
eu mais sinto que entendo
cheguei mesmo assim numa grande praia particular
e fui feliz a mais não poder - sou feliz cada dia um pouco mais
como não me sabia liberta
como me pensei abandono - não vi escolha
saí mar afora, de costas pra estrela - mergulhei em mim
mas estrela é assim
quando nos escolhe nunca se afasta - quando escolhida resiste, mas não se afasta
vez por outra, eu, ainda náufrago olho pra ela - ela, náufrago me procura
e pergunto: terá sido verdade?
a verdade é uma só
nunca um pedido de volta
nunca mais um encontro
e o mar me diz que basta querer
querer que nada - basta querer
estrela e náufrago sempre se amam e nunca se enxergam - sempre se amam sempre
mas estrela vira homem, algum golfinho me grita
eu sei, do coração respondo.
a estrela sempre foi (meu) homem - eu, a (sua) mulher
quinta-feira, abril 24, 2008
sábado, abril 19, 2008
terça-feira, abril 15, 2008
visitas à infância - série 5
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e lá se passaram 24 anos.
você olhou pra mim, me julgou, acreditou que a amizade não valia nada.
a fofoca corrompeu tanto tempo bom de vida juntos...
você foi embora pelo mundo e hoje, camadas e camadas de dias depois, você me olha e diz: poxa! mas pra que, né?
pois é. naquele dia eu perguntei o mesmo.
chato né? bastava você ter olhado pra mim naquele dia e se deixado contaminar apenas pela vida.
faz mal não! nós somos assim.
um fato, ou um punhado deles direcionam a gente pra distância.
é preciso estar atento e forte, já dizia Caetano, não temos tempo de temer a morte!
sigamos.....
e essa canção diz muito disso tudo.
Nem é bom sair
De casa, agitar
É melhor dormir...
Se você tentou
E não aconteceu
Valeu!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...
As pessoas
Sempre têm
Chance de jogar
De novo e errar
Ver o que convém
Receber alguém
No seu coração
Ou não!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca vai se apagar...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca, nada
Nada vai apagar...
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e lá se passaram 24 anos.
você olhou pra mim, me julgou, acreditou que a amizade não valia nada.
a fofoca corrompeu tanto tempo bom de vida juntos...
você foi embora pelo mundo e hoje, camadas e camadas de dias depois, você me olha e diz: poxa! mas pra que, né?
pois é. naquele dia eu perguntei o mesmo.
chato né? bastava você ter olhado pra mim naquele dia e se deixado contaminar apenas pela vida.
faz mal não! nós somos assim.
um fato, ou um punhado deles direcionam a gente pra distância.
é preciso estar atento e forte, já dizia Caetano, não temos tempo de temer a morte!
sigamos.....
e essa canção diz muito disso tudo.
Deixa Chover
Guilherme Arantes
Nem é bom sair
De casa, agitar
É melhor dormir...
Se você tentou
E não aconteceu
Valeu!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...
As pessoas
Sempre têm
Chance de jogar
De novo e errar
Ver o que convém
Receber alguém
No seu coração
Ou não!
Infelizmente nem tudo é
Exatamente como a gente quer...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca vai se apagar...
Deixa chover
Ah! Ah! Aaaaaaah!
Deixa a chuva molhar
Dentro do peito
Tem um fogo ardendo
Que nunca, nada
Nada vai apagar...
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domingo, abril 13, 2008
tempo de amigos.
continuando meu pedido ao tempo:
também quero o tempo sem ironias.
sem verdades e sem conquistas.
o tempo em que não preciso traduzir nada, quero também.
o tempo em que canto e as lágrimas contam a emoção que nem quis sentir.
esse tempo em que tudo acontece ao mesmo tempo agora, eu quero muito.
esse em que nem preciso contar o que acontece porque a ninguém mais interessa.
quase que nem a mim, tanto que não fica na memória.
um dia, como por encanto eu vou lembrar que esse tempo existiu.
meu amigo, seu pai cumpriu a missão que lhe cabia.
forte, calmo e consciente de suas próprias escolhas, ele seguiu às estrelas.
o olhar pra não esquecer. uma carona, o sorriso. do tempo em que tudo era bom, que nem agora.
não. a saudade não queremos.
mas eu quero estar próximo como você esteve de mim quando a hora era aquela minha.
você lembra?
tem coisas que a gente só precisa lembrar agora. quando necessário.
mas tem coisas que eu nunca esqueci.
estou aqui. como sempre estive. se não do jeito que você quis, me mantive fiel, do jeito que sou. que pude ser. que serei sempre.
amém.
também quero o tempo sem ironias.
sem verdades e sem conquistas.
o tempo em que não preciso traduzir nada, quero também.
o tempo em que canto e as lágrimas contam a emoção que nem quis sentir.
esse tempo em que tudo acontece ao mesmo tempo agora, eu quero muito.
esse em que nem preciso contar o que acontece porque a ninguém mais interessa.
quase que nem a mim, tanto que não fica na memória.
um dia, como por encanto eu vou lembrar que esse tempo existiu.
meu amigo, seu pai cumpriu a missão que lhe cabia.
forte, calmo e consciente de suas próprias escolhas, ele seguiu às estrelas.
o olhar pra não esquecer. uma carona, o sorriso. do tempo em que tudo era bom, que nem agora.
não. a saudade não queremos.
mas eu quero estar próximo como você esteve de mim quando a hora era aquela minha.
você lembra?
tem coisas que a gente só precisa lembrar agora. quando necessário.
mas tem coisas que eu nunca esqueci.
estou aqui. como sempre estive. se não do jeito que você quis, me mantive fiel, do jeito que sou. que pude ser. que serei sempre.
amém.
segunda-feira, abril 07, 2008
outra era - fagner
Quando a vida me leva
Pra longe do meu bem
Fico parecendo um trilho
Onde não passa trem
Olho pro céu o céu é mais além
Miro o espelho e não vejo ninguém
Tambor dentro do peito, coração manera
Pára de chover que já é primavera
A manhã já vem e parece quimera
Mera fantasia de quem só espera
Se eu não morrer, eu vou te ver
manhã depois em outra era
Em Tel Aviv, Bagdá, Brasília
A saudade ilha
E quem dera eu fosse o mar, quem dera
Em Fortaleza, Pequim, Bora-Bora
A tristeza chora
Quem dera eu pudesse te beijar agora
saí agora do show da Ceumar. ela não cantou essa canção no show, mas cantamos juntos no depois. quanta coisa boa eu vivi junto dessas canções todas de Ceumar.
abençoada seja ela. e abençoado você que me trouxe ela e suas canções. trilha sonora de um tempo bom. que nem ficou na saudade. é o tempo de sempre. intocável. apenas está lá, aqui em tudo quanto é lugar. basta ouvir Ceumar e tudo se resolve.
que bom que fosse assim. um tempo de sempre ao som de Ceumar.
amém.
Pra longe do meu bem
Fico parecendo um trilho
Onde não passa trem
Olho pro céu o céu é mais além
Miro o espelho e não vejo ninguém
Tambor dentro do peito, coração manera
Pára de chover que já é primavera
A manhã já vem e parece quimera
Mera fantasia de quem só espera
Se eu não morrer, eu vou te ver
manhã depois em outra era
Em Tel Aviv, Bagdá, Brasília
A saudade ilha
E quem dera eu fosse o mar, quem dera
Em Fortaleza, Pequim, Bora-Bora
A tristeza chora
Quem dera eu pudesse te beijar agora
saí agora do show da Ceumar. ela não cantou essa canção no show, mas cantamos juntos no depois. quanta coisa boa eu vivi junto dessas canções todas de Ceumar.
abençoada seja ela. e abençoado você que me trouxe ela e suas canções. trilha sonora de um tempo bom. que nem ficou na saudade. é o tempo de sempre. intocável. apenas está lá, aqui em tudo quanto é lugar. basta ouvir Ceumar e tudo se resolve.
que bom que fosse assim. um tempo de sempre ao som de Ceumar.
amém.
domingo, abril 06, 2008
há algo invisível e encantado entre eu e você
A Alma e a Matéria
MARISA MONTE
Procuro nas coisas vagas ciência
Eu movo dezenas de músculos para sorrir
Nos poros a contrair,nas pétalas do jasmim
Com a brisa que vem roçar da outra margem do mar
Procuro na paisagem cadência
Os átomos coreografam a grama do chão
Na pele braile pra ler na superfície de mim
Milímetros de prazer, quilômetros de paixão
Vem pra esse mundo, Deus quer nascer
Há algo invisível e encantado entre eu e você
E a alma aproveita pra ser a matéria e viver
sexta-feira, abril 04, 2008
tempo, eu quero
eu quero um tempo de paz
tempo de carinho
tempo daqueles de sentar e rir por ver a alma se abrindo ao menor toque
quero um tempo sem resistência
o alento de saber que todo tempo é tempo de ser assim, eu quero
não falo mais de saudade ou agonia
nem falo do querer de menos valia
eu quero o tempo de banho de mar e farofa quentinha
vento no rosto e alegria
quero mais que o tempo que já passou
quero um tempo sem lembranças, DNA, lugar onde ir ou pra onde voltar.
nesse tempo eu vou cantar tanto!!!
ah, como vou cantar neste tempo que parece o interior do meu timo
não quero saber seu nome, nem o meu, se tem futuro também não quero.
quero esse tempo de agora mesmo, quase paralisante
mas não quero ficar ali.
quero o tempo da inocência.
aquela criança se defende sem se saber atacada. apenas caminha no segundo suficiente do tempo de agora mesmo e o que passa cai na cabeça do anjo da guarda. também? pra que serve anjo?
e a criança caminha e já não lembra nem do sorriso nem da dor.
a confiança inocente dela, quero agora pra mim.
eu quero o tempo de paz,
de carinho,
de sentar e chorar um pouquinho porque não tenho mais tempo algum.
tempo de carinho
tempo daqueles de sentar e rir por ver a alma se abrindo ao menor toque
quero um tempo sem resistência
o alento de saber que todo tempo é tempo de ser assim, eu quero
não falo mais de saudade ou agonia
nem falo do querer de menos valia
eu quero o tempo de banho de mar e farofa quentinha
vento no rosto e alegria
quero mais que o tempo que já passou
quero um tempo sem lembranças, DNA, lugar onde ir ou pra onde voltar.
nesse tempo eu vou cantar tanto!!!
ah, como vou cantar neste tempo que parece o interior do meu timo
não quero saber seu nome, nem o meu, se tem futuro também não quero.
quero esse tempo de agora mesmo, quase paralisante
mas não quero ficar ali.
quero o tempo da inocência.
aquela criança se defende sem se saber atacada. apenas caminha no segundo suficiente do tempo de agora mesmo e o que passa cai na cabeça do anjo da guarda. também? pra que serve anjo?
e a criança caminha e já não lembra nem do sorriso nem da dor.
a confiança inocente dela, quero agora pra mim.
eu quero o tempo de paz,
de carinho,
de sentar e chorar um pouquinho porque não tenho mais tempo algum.
terça-feira, abril 01, 2008
chuva boa, tempo bom
eu amo chuva.
chuvisco, tempestade, garoa...
essa coisa do dia parecer sempre amanhecer ou fim de tarde. e o tempo não passa e eu penso mais rápido e dá pra fazer de tudo. e não tem calor, e não tem desastre.
que pena, pra minha alegria existir nestes tempos, tanta gente fica desalojada, passando necessidade.
fui à missa da misericórdia no domingo e me lembrei que Deus é misericordioso com quem ele é misericordioso. e ponto.
não adianta deixar de ser feliz porque tem alguém sofrendo.
não adianta observar, identificar um erro, quando cada passagem, cada dia, cada um, tem sua trajetória própria e completamente independente de mim. mesmo sendo todos uma teia só de energia.
cada um escolhe a vida que pediu a Deus. e muitas vezes Deus nem tem nada a ver com isso.
compreensão dos fatos como eles são. se me incomoda tanto, eu fecho os olhos, respiro e encontro em mim a paz que quero ver fora. lógico que não dá certo, nada vai mudar. mas meus olhos não vão mais enxergar o que tanto me incomoda.
eu consegui enxergar o princípio da misericórdia de Deus. e preciso usa-la em mim. assim como ele age comigo.
misericórdia infinita. liberdade. escolha.
eu escolho ser feliz em dia de chuva. não escolhi nascer num lugar ensolarado, na cidade esposa do sol, mas a chuva chega aqui e me faz feliz demais da conta. tanto, que dá pra viver da lembrança quando abre aquele sol enorme e divino que também faz bem. até esperar a próxima.
e viver bem. a chuva vem, passa o tempo que precisa e some. mas ela fica aqui comigo, me semeou.
amor é assim. vem pra ficar mesmo quando parece ir embora. não há sol capaz de enxuga-lo. e ele dura pra sempre enquanto o próximo encontro não chega.
eu quero viver num lugar onde as estações são bem delimitadas. mas acho que vou ter de viver numa outra encarnação, num outro plano. já que o planeta está esquecendo o que é isso. as estações bem claras. ou melhor ainda. tou vivendo feliz no que tenho hoje. continuo assim.
será que nós, humanidade, também vamos esquecer o que é um tempo bem claro? e vamos extrapolar limites até à exaustão? espero que não.
eu amo chuva, chuva boa!
tempo bom!
chuvisco, tempestade, garoa...
essa coisa do dia parecer sempre amanhecer ou fim de tarde. e o tempo não passa e eu penso mais rápido e dá pra fazer de tudo. e não tem calor, e não tem desastre.
que pena, pra minha alegria existir nestes tempos, tanta gente fica desalojada, passando necessidade.
fui à missa da misericórdia no domingo e me lembrei que Deus é misericordioso com quem ele é misericordioso. e ponto.
não adianta deixar de ser feliz porque tem alguém sofrendo.
não adianta observar, identificar um erro, quando cada passagem, cada dia, cada um, tem sua trajetória própria e completamente independente de mim. mesmo sendo todos uma teia só de energia.
cada um escolhe a vida que pediu a Deus. e muitas vezes Deus nem tem nada a ver com isso.
compreensão dos fatos como eles são. se me incomoda tanto, eu fecho os olhos, respiro e encontro em mim a paz que quero ver fora. lógico que não dá certo, nada vai mudar. mas meus olhos não vão mais enxergar o que tanto me incomoda.
eu consegui enxergar o princípio da misericórdia de Deus. e preciso usa-la em mim. assim como ele age comigo.
misericórdia infinita. liberdade. escolha.
eu escolho ser feliz em dia de chuva. não escolhi nascer num lugar ensolarado, na cidade esposa do sol, mas a chuva chega aqui e me faz feliz demais da conta. tanto, que dá pra viver da lembrança quando abre aquele sol enorme e divino que também faz bem. até esperar a próxima.
e viver bem. a chuva vem, passa o tempo que precisa e some. mas ela fica aqui comigo, me semeou.
amor é assim. vem pra ficar mesmo quando parece ir embora. não há sol capaz de enxuga-lo. e ele dura pra sempre enquanto o próximo encontro não chega.
eu quero viver num lugar onde as estações são bem delimitadas. mas acho que vou ter de viver numa outra encarnação, num outro plano. já que o planeta está esquecendo o que é isso. as estações bem claras. ou melhor ainda. tou vivendo feliz no que tenho hoje. continuo assim.
será que nós, humanidade, também vamos esquecer o que é um tempo bem claro? e vamos extrapolar limites até à exaustão? espero que não.
eu amo chuva, chuva boa!
tempo bom!
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