sexta-feira, abril 04, 2008

tempo, eu quero

eu quero um tempo de paz

tempo de carinho

tempo daqueles de sentar e rir por ver a alma se abrindo ao menor toque

quero um tempo sem resistência

o alento de saber que todo tempo é tempo de ser assim, eu quero

não falo mais de saudade ou agonia

nem falo do querer de menos valia

eu quero o tempo de banho de mar e farofa quentinha

vento no rosto e alegria

quero mais que o tempo que já passou

quero um tempo sem lembranças, DNA, lugar onde ir ou pra onde voltar.

nesse tempo eu vou cantar tanto!!!

ah, como vou cantar neste tempo que parece o interior do meu timo

não quero saber seu nome, nem o meu, se tem futuro também não quero.

quero esse tempo de agora mesmo, quase paralisante

mas não quero ficar ali.

quero o tempo da inocência.

aquela criança se defende sem se saber atacada. apenas caminha no segundo suficiente do tempo de agora mesmo e o que passa cai na cabeça do anjo da guarda. também? pra que serve anjo?

e a criança caminha e já não lembra nem do sorriso nem da dor.

a confiança inocente dela, quero agora pra mim.

eu quero o tempo de paz,

de carinho,

de sentar e chorar um pouquinho porque não tenho mais tempo algum.

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