tinha eu 12 anos de idade.
minha irmã volta de um festival de música no Crato com um vinil embaixo do braço.
wilson cirino - estrela de ferro.
bebi este cd como quem bebe um alucinógeno.
esta canção em particular me fisgou.
a tristeza que ela contém, a amargura, eu nunca fui capaz de admitir. de saber o significado. pedi a Deus que jamais soubesse. mas ela marcou. minha alma.
a canção é essa...
tu me querias pedra
e eu me fiz pedra
agora tu me querer d'agua
mas eu não quero ser a tua água
eu quero ser a tua lágrima
ser o teu desespero
ser o hino mais bonito
e derradeiro da tua derrota
é isso!
sábado, março 29, 2008
sexta-feira, março 28, 2008
escritor da minha alma
incrível como certos autores conseguem me fazer calar.
e lendo o que ele escreve, acompanhando sua arte, sua alma, eu leio em mim o caminho que suas palavras constroem.
e me vejo na periferia do amor, no campo da paixão, lá onde está a plaquinha: aqui começa a cidade.
Vim como retirante.
Minha alma é ela toda impregnada do que está no centro desta cidade.
Eu conheço, eu sei, eu lembro, mas ainda não caminho o suficiente.
por pura incompetência? acredito que não. talvez por descrença? cegueira? talvez...
desisti de qualquer tipo de culpa.
meu caminho é esse. chegar ao centro, ter a visão que o autor tem, ser a visão que ele quer, poder comungar com ela, sabendo que jamais terei o amor que ele tem. mas tenho a compartilha.
eu me exilei?
fui exilada?
fui poupada do grande massacre acontecido em tempos que não me cabem na memória humana?
não sei, não é o que quero saber.
respiro a esperança.
creio no perdão dos pecados e na comunhão dos santos, todos eles sem consciência nenhuma de deixar legados à posteridade.
eu sigo lendo este escultor de almas nas santas palavras do dia a dia.
e o que vejo como distãncia, são apenas palavras escritas pra confundir.
sei que meu brilho inebria e sei que o desejo um dia explode a ponte e me resgata.
vivo projetando este dia de sol e chuva, inesperado, nunca escrito, mas já totalmente intuído.
trilho o caminho que este autor escreve aos poucos.
caminhar é caminhar, tão bom quanto respirar.
me encanto mais pelo caminho. Mas chegar é muito necessário.
não sei se o que escrevo agora é pura ilusão.
não sei se já habito pra sempre o coração do autor.
mas sei de sonhos, de pequenas carícias que o vento no fim da tarde me reserva.
sei que mãos anseiam por encontrar as minhas.
sei tudo isso...
sem condições ou conjução alternativa.
sei lá... as linhas do autor tem sempre duas vias. e me cabe escolher. labririnto, caminho livre.
me jogo nas palavras. só tenho as palavras. e esqueci que por tempo demais não interpretei o que elas estavam dizendo tão claramente.
hoje as palavras do mestre-autor-escritor chegam por código. decifra-me ou devoto-te.
espero ser carne macia. espero o movimento. espero como quem costura.
espero a próxima página.
e lendo o que ele escreve, acompanhando sua arte, sua alma, eu leio em mim o caminho que suas palavras constroem.
e me vejo na periferia do amor, no campo da paixão, lá onde está a plaquinha: aqui começa a cidade.
Vim como retirante.
Minha alma é ela toda impregnada do que está no centro desta cidade.
Eu conheço, eu sei, eu lembro, mas ainda não caminho o suficiente.
por pura incompetência? acredito que não. talvez por descrença? cegueira? talvez...
desisti de qualquer tipo de culpa.
meu caminho é esse. chegar ao centro, ter a visão que o autor tem, ser a visão que ele quer, poder comungar com ela, sabendo que jamais terei o amor que ele tem. mas tenho a compartilha.
eu me exilei?
fui exilada?
fui poupada do grande massacre acontecido em tempos que não me cabem na memória humana?
não sei, não é o que quero saber.
respiro a esperança.
creio no perdão dos pecados e na comunhão dos santos, todos eles sem consciência nenhuma de deixar legados à posteridade.
eu sigo lendo este escultor de almas nas santas palavras do dia a dia.
e o que vejo como distãncia, são apenas palavras escritas pra confundir.
sei que meu brilho inebria e sei que o desejo um dia explode a ponte e me resgata.
vivo projetando este dia de sol e chuva, inesperado, nunca escrito, mas já totalmente intuído.
trilho o caminho que este autor escreve aos poucos.
caminhar é caminhar, tão bom quanto respirar.
me encanto mais pelo caminho. Mas chegar é muito necessário.
não sei se o que escrevo agora é pura ilusão.
não sei se já habito pra sempre o coração do autor.
mas sei de sonhos, de pequenas carícias que o vento no fim da tarde me reserva.
sei que mãos anseiam por encontrar as minhas.
sei tudo isso...
sem condições ou conjução alternativa.
sei lá... as linhas do autor tem sempre duas vias. e me cabe escolher. labririnto, caminho livre.
me jogo nas palavras. só tenho as palavras. e esqueci que por tempo demais não interpretei o que elas estavam dizendo tão claramente.
hoje as palavras do mestre-autor-escritor chegam por código. decifra-me ou devoto-te.
espero ser carne macia. espero o movimento. espero como quem costura.
espero a próxima página.
quarta-feira, março 26, 2008
31 de dezembro de 2007 - pôr do sol na caponga
2008!!!
quanta energia!!!
recebo você, meu ano bom, como toda coragem que possuo!
e a mim, muita atenção pra ver cada momento como único:
- pra ser cada vez mais acertiva na intuição e imprevisibilidade.
- amor intenso.
amor de cuidado, amor de atenção, amor de perdão, amor de futuro sendo sempre presente.
acolha esse amor sem volta. pura construção de vida real.
- acolha a abundância, projete e atinja os objetivos que estão em seus sonhos.
- muitas alianças, sem vampiros, com fé em si mesma.
nada acontece por acaso.
- invista no silêncio.
no silêncio do coração, Deus age na sua vontade.
no silêncio do coração, os sonhos se encontram com o infinito e se realizam.
o céu é o limite!
- não se perca do seu caminho de amor!
abra todos os seus poros e seja feliz!
dance, cante, sorria, inspire e nunca se sinta só.
não há carência que você mesma não possa suprir.
assim os encontros são leves!
- você não é mestra de ninguém!
a vida é mestra de todos!
a energia necessária está no ar!
respire, você é sempre forte e frágil, equilibrada!
- confie! confie! confie!!!
nos seus sonhos e amor!
- invista na família! veja tudo muito simples!
simples e leve! como a fé!
esse é o aprendizado maior, sempre.
- sorte!
- firmeza!
- leveza!
- carinho!
- respeito a si mesma!
no mais...
- se divirta!
o que tem de ser será!
o que você quer já é!
quanta energia!!!
recebo você, meu ano bom, como toda coragem que possuo!
e a mim, muita atenção pra ver cada momento como único:
- pra ser cada vez mais acertiva na intuição e imprevisibilidade.
- amor intenso.
amor de cuidado, amor de atenção, amor de perdão, amor de futuro sendo sempre presente.
acolha esse amor sem volta. pura construção de vida real.
- acolha a abundância, projete e atinja os objetivos que estão em seus sonhos.
- muitas alianças, sem vampiros, com fé em si mesma.
nada acontece por acaso.
- invista no silêncio.
no silêncio do coração, Deus age na sua vontade.
no silêncio do coração, os sonhos se encontram com o infinito e se realizam.
o céu é o limite!
- não se perca do seu caminho de amor!
abra todos os seus poros e seja feliz!
dance, cante, sorria, inspire e nunca se sinta só.
não há carência que você mesma não possa suprir.
assim os encontros são leves!
- você não é mestra de ninguém!
a vida é mestra de todos!
a energia necessária está no ar!
respire, você é sempre forte e frágil, equilibrada!
- confie! confie! confie!!!
nos seus sonhos e amor!
- invista na família! veja tudo muito simples!
simples e leve! como a fé!
esse é o aprendizado maior, sempre.
- sorte!
- firmeza!
- leveza!
- carinho!
- respeito a si mesma!
no mais...
- se divirta!
o que tem de ser será!
o que você quer já é!
segunda-feira, março 24, 2008
a torre mais alta
a torre mais alta.
aquela mais pertinho do céu.
ou mais pertinho de meu próprio inferno?
céu e inferno.
opções diárias.
basta escolher.
e quando eu nem sei se posso? e quando eu nem sei se quero?
me sinto assim sempre que não escolhi. fui levada a escolher. levada a optar. levada a me sentir sem compromisso nenhum, então nada importa. não era mesmo preu estar ali...
tão pequeno o espaço nessa vida...
optar. sempre, optar.
e dormir com a escolha. e acordar com um sorriso.
escolher pra mim é sempre tão fácil...
não quero esta torre. não quero. escolho não querer.
mesmo que minha opção pouco importe.
é minha vontade jogada pro infinito.
que seja acolhida como estrela cadente.
porque será que jamais me sinto só?
porque fiz escolhas muito anteriores a estas.
as palavras nos ligam tanto quanto afastam.
eu me jogo do mais alto dos abismos. sem medo algum.
não estou tentando Deus. Estou escutando a voz que me diz que o abismo que vejo é apenas o véu que encobre o próximo passo.
um passo da próxima escolha.
e tenho uma vida nova todos os dias, a cada manha.
aquela mais pertinho do céu.
ou mais pertinho de meu próprio inferno?
céu e inferno.
opções diárias.
basta escolher.
e quando eu nem sei se posso? e quando eu nem sei se quero?
me sinto assim sempre que não escolhi. fui levada a escolher. levada a optar. levada a me sentir sem compromisso nenhum, então nada importa. não era mesmo preu estar ali...
tão pequeno o espaço nessa vida...
optar. sempre, optar.
e dormir com a escolha. e acordar com um sorriso.
escolher pra mim é sempre tão fácil...
não quero esta torre. não quero. escolho não querer.
mesmo que minha opção pouco importe.
é minha vontade jogada pro infinito.
que seja acolhida como estrela cadente.
porque será que jamais me sinto só?
porque fiz escolhas muito anteriores a estas.
as palavras nos ligam tanto quanto afastam.
eu me jogo do mais alto dos abismos. sem medo algum.
não estou tentando Deus. Estou escutando a voz que me diz que o abismo que vejo é apenas o véu que encobre o próximo passo.
um passo da próxima escolha.
e tenho uma vida nova todos os dias, a cada manha.
sábado, março 22, 2008
saudade
estou com uma saudade infinita.
essa saudade não me enfraquece.
me fortalece.
saber do amor que sinto me faz viva, vida!
saber tudo de melhor que você é me faz atenta pra tanto que todos ganham tendo você por perto.
estou na periferia do desejo.
o que isso quer dizer?
acho que é o seguinte:
existe muita necessidade. inclusive minha, pessoal.
esta é a última em que penso.
sou a última a pensar em mim. e a única.
não sou permissiva, nem carrasca. mas há muita necessidade. muito a ser feito antes que eu possa me identificar nos meus desejos. e eu aceito ser assim.
me divirto sendo assim, mesmo que chore as vezes.
chorar também é bom.
trabalhei muito pra chegar a ser quem sou hoje.
tenho muito orgulho de minhas escolhas.
confio em Deus e em mim.
preciso crer que, mais em Deus que em mim.
e creio.
creio que essa saudade vai ter um fim.
e não preciso ter o porto seguro do meu próprio quarto pra dormir em paz.
sou meu porto seguro e posso ser o seu se você precisar.
mas quero e muito o seu abraço.
seu carinho.
atenção.
quero ser por instantes mais importante que tudo. sua fonte de prazer.
e que isso não seja nunca a nossa ruína, mas sempre a nossa força.
o preço a pagar vivendo longe é muito caro.
só a esperança paga.
eu amo...
estou com uma saudade infinita.
essa saudade não me enfraquece.
me fortalece.
saber do amor que sinto me faz viva, vida!
saber tudo de melhor que você é me faz atenta pra tanto que todos ganham tendo você por perto.
estou na periferia do desejo.
o que isso quer dizer?
acho que é o seguinte:
existe muita necessidade. inclusive minha, pessoal.
esta é a última em que penso.
sou a última a pensar em mim. e a única.
não sou permissiva, nem carrasca. mas há muita necessidade. muito a ser feito antes que eu possa me identificar nos meus desejos. e eu aceito ser assim.
me divirto sendo assim, mesmo que chore as vezes.
chorar também é bom.
trabalhei muito pra chegar a ser quem sou hoje.
tenho muito orgulho de minhas escolhas.
confio em Deus e em mim.
preciso crer que, mais em Deus que em mim.
e creio.
creio que essa saudade vai ter um fim.
e não preciso ter o porto seguro do meu próprio quarto pra dormir em paz.
sou meu porto seguro e posso ser o seu se você precisar.
mas quero e muito o seu abraço.
seu carinho.
atenção.
quero ser por instantes mais importante que tudo. sua fonte de prazer.
e que isso não seja nunca a nossa ruína, mas sempre a nossa força.
o preço a pagar vivendo longe é muito caro.
só a esperança paga.
eu amo...
estou com uma saudade infinita.
sábado, março 08, 2008
disputa pra que?
eu nunca disputei nada, pelo menos não que eu lembre.
mentira minha. disputei sim.
vários concursos na minha vida de pianista. vários festivais na minha vida de cantora. de regente.
mas tou falando mesmo é de disputar homem.
dizer assim: aquele ali é meu. vale à pena. quero ele pra mim e faço qualquer negócio.
eu não faço qualquer negócio.
as pessoas são predestinadas umas às outras.
se se enxergam, ótimo!
se se sabem chave pra fechadura do coração do outro, ótimo!
mas.. e se não sabem?
será que a vida ensina?
será que a vida cura a cegueira dos corações que nasceram pra bater unidos?
eu prefiro acreditar que sim.
prefiro crer que não há nada que me possa separar do amor que é meu.
nem a ausência de pontes. nem os erros do tamanho de desfiladeiros. nem nada do mundo visível ou invisível.
é assim igual ao amor de Deus!
Mesmo que eu não saiba, mesmo que eu não queira, me envolve, me rege, me protege e governa, única e infinitamente.
eu creio no amor e sinto seus efeitos.
há de chegar e que seja logo, o dia em que esse amor tome posse geográfica do seu entorno.
para que a vida siga seu rumo e os caminhos sejam abertos.
pois o mundo inteiro precisa desse amor!
Ele é bem maior que nós dois!!
Ontem assisti "Juno". pensei em escrever o que tinha sentido a respeito do filme. por acaso, como se isso existisse, eu encontrei essas palavras aí em cima, tinha escrito à tempos, nem sei quando. Essas palavras traduzem direitinho o que senti assistindo "Juno".
Quando a gente ama a gente não enxerga o que todo mundo vê, a gente enxerga somente aquela pessoa. Não o que todos vêem. A gente enxerga o que o amor enxerga.
Essa é a visão que quero. Que sempre tive. Só pensei ter esquecido. O filme foi um lembrete.
Que bom! A visão dos outros sendo sinal pra minha. Continuando a confiança que encontrei ontem.
Té mais!
mentira minha. disputei sim.
vários concursos na minha vida de pianista. vários festivais na minha vida de cantora. de regente.
mas tou falando mesmo é de disputar homem.
dizer assim: aquele ali é meu. vale à pena. quero ele pra mim e faço qualquer negócio.
eu não faço qualquer negócio.
as pessoas são predestinadas umas às outras.
se se enxergam, ótimo!
se se sabem chave pra fechadura do coração do outro, ótimo!
mas.. e se não sabem?
será que a vida ensina?
será que a vida cura a cegueira dos corações que nasceram pra bater unidos?
eu prefiro acreditar que sim.
prefiro crer que não há nada que me possa separar do amor que é meu.
nem a ausência de pontes. nem os erros do tamanho de desfiladeiros. nem nada do mundo visível ou invisível.
é assim igual ao amor de Deus!
Mesmo que eu não saiba, mesmo que eu não queira, me envolve, me rege, me protege e governa, única e infinitamente.
eu creio no amor e sinto seus efeitos.
há de chegar e que seja logo, o dia em que esse amor tome posse geográfica do seu entorno.
para que a vida siga seu rumo e os caminhos sejam abertos.
pois o mundo inteiro precisa desse amor!
Ele é bem maior que nós dois!!
Ontem assisti "Juno". pensei em escrever o que tinha sentido a respeito do filme. por acaso, como se isso existisse, eu encontrei essas palavras aí em cima, tinha escrito à tempos, nem sei quando. Essas palavras traduzem direitinho o que senti assistindo "Juno".
Quando a gente ama a gente não enxerga o que todo mundo vê, a gente enxerga somente aquela pessoa. Não o que todos vêem. A gente enxerga o que o amor enxerga.
Essa é a visão que quero. Que sempre tive. Só pensei ter esquecido. O filme foi um lembrete.
Que bom! A visão dos outros sendo sinal pra minha. Continuando a confiança que encontrei ontem.
Té mais!
sexta-feira, março 07, 2008
retratos do caminho
enquanto eu fui ficou nublado.
exato quando eu precisava descansar a retina.
não enxergo direito então a confiança aumenta. preciso acreditar em certos sinais, certas visões que me chegam como por encanto.
o dia amanheceu como um credor de olhos vermelhos. até o jornal diz que faço parte das estatísticas.
devo não nego, porém pago quando puder.
cobranças vindas de tudo quanto é lugar. menos dentro de mim.
vou pagar!
tempo demais pra enxergar isso. e escutar os sinais, já que a cegueira me impede de ver que eu vejo bem, sim.
hoje agradeci pela vida de meu pai. e a agradeci por ter me tirado ele.
ele de fato não está aqui onde eu poderia pegar.
eu de fato tenho de confiar e a coisa toda é minha. sempre foi e sempre será.
nem coitadinha, nem vencida pelo cansaço, sem solidão, sem entre-pastos.
caminhar dói sim. dá uma vontade danada de voltar às mesmas conquistas, às mesmas encostas, aos mesmos braços, aos mesmos sonhos.
caminhar é superlativo enquanto não me acostumo a jamais me acostumar.
o corpo reage, a alma reage, sentido opostos me quebram ao meio.
mas daqui eu saio nova. fica corpo passado pra todo lado. e como não enxergo direito, logo esqueço a paisagem que deixei para trás.
porque vai ficando pra trás e não tenho a saudade como companhia...
só tenho os sonhos onde não conheço ninguém, ninguém é meu porto, não tem chegada, é passagem!
esse é meu retrato de hoje.
essa sou eu andando. dá pra enxergar?
não?
pois confie!
enquanto eu fui, ficou nublado. mas logo retorno o sol, a chuva, a noite, outro dia.
enquanto eu fui, eu mesma me encontro.
exato quando eu precisava descansar a retina.
não enxergo direito então a confiança aumenta. preciso acreditar em certos sinais, certas visões que me chegam como por encanto.
o dia amanheceu como um credor de olhos vermelhos. até o jornal diz que faço parte das estatísticas.
devo não nego, porém pago quando puder.
cobranças vindas de tudo quanto é lugar. menos dentro de mim.
vou pagar!
tempo demais pra enxergar isso. e escutar os sinais, já que a cegueira me impede de ver que eu vejo bem, sim.
hoje agradeci pela vida de meu pai. e a agradeci por ter me tirado ele.
ele de fato não está aqui onde eu poderia pegar.
eu de fato tenho de confiar e a coisa toda é minha. sempre foi e sempre será.
nem coitadinha, nem vencida pelo cansaço, sem solidão, sem entre-pastos.
caminhar dói sim. dá uma vontade danada de voltar às mesmas conquistas, às mesmas encostas, aos mesmos braços, aos mesmos sonhos.
caminhar é superlativo enquanto não me acostumo a jamais me acostumar.
o corpo reage, a alma reage, sentido opostos me quebram ao meio.
mas daqui eu saio nova. fica corpo passado pra todo lado. e como não enxergo direito, logo esqueço a paisagem que deixei para trás.
porque vai ficando pra trás e não tenho a saudade como companhia...
só tenho os sonhos onde não conheço ninguém, ninguém é meu porto, não tem chegada, é passagem!
esse é meu retrato de hoje.
essa sou eu andando. dá pra enxergar?
não?
pois confie!
enquanto eu fui, ficou nublado. mas logo retorno o sol, a chuva, a noite, outro dia.
enquanto eu fui, eu mesma me encontro.
quarta-feira, março 05, 2008
tou indo
na mala só o que ainda não sei.
o necessário e somente o necessário. ao alcance da mão.
do passado o sorriso. eu já fiz. e sou.
o necessário e somente o necessário. ao alcance da mão.
do passado o sorriso. eu já fiz. e sou.
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