segunda-feira, março 24, 2008

a torre mais alta

a torre mais alta.

aquela mais pertinho do céu.

ou mais pertinho de meu próprio inferno?

céu e inferno.

opções diárias.

basta escolher.

e quando eu nem sei se posso? e quando eu nem sei se quero?

me sinto assim sempre que não escolhi. fui levada a escolher. levada a optar. levada a me sentir sem compromisso nenhum, então nada importa. não era mesmo preu estar ali...

tão pequeno o espaço nessa vida...

optar. sempre, optar.

e dormir com a escolha. e acordar com um sorriso.

escolher pra mim é sempre tão fácil...

não quero esta torre. não quero. escolho não querer.

mesmo que minha opção pouco importe.

é minha vontade jogada pro infinito.

que seja acolhida como estrela cadente.

porque será que jamais me sinto só?

porque fiz escolhas muito anteriores a estas.

as palavras nos ligam tanto quanto afastam.

eu me jogo do mais alto dos abismos. sem medo algum.

não estou tentando Deus. Estou escutando a voz que me diz que o abismo que vejo é apenas o véu que encobre o próximo passo.

um passo da próxima escolha.

e tenho uma vida nova todos os dias, a cada manha.

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