minha filha terminou a 9ª série. estudou nesta escolha desde quando nem sabia falar direito.
estudamos, nós duas e todas as crianças lindas que viraram pessoas lindas e fazem parte da família, assim como os pais deles, meus irmãos, irmãs, cunhadas e cunhados.
escrevi esse texto porque eles me escolheram pra ser oradora dos pais, enquanto a clarissa era oradora dos estudantes.
"Este dia é particularmente especial.
Porque sinaliza o final de uma jornada. E final quer sempre dizer recomeço.
Porque a gente precisa aprender ou lembrar que sempre soube, do princípio da eternidade.
E eu entendo eternidade como começo, meio, fim, começo, meio, fim, começo, meio, fim e assim eternamente.
Dessa forma me é mais tranqüilo falar aqui hoje. Porque nesse princípio está embutido a certeza de que nada acaba. Tudo continua, não em dimensões paralelas, mas é como se fosse. Porque continua dentro da gente. Acessível.
O que a gente aprende continua e vai passando adiante. As nossas memórias são as roupas mais agradáveis de vestir.
Como um casaco gostoso. Quando tá calor nos joga uma brisa e a gente se refresca. No frio, nos aquece de forma acolhedora.
Esta escola é assim. Eterna, acolhedora. Um casaco que jamais deixará de abraçar nossos filhos e a nós mesmos para sempre. E o que é ainda melhor. A gente não pode se desfazer dele. É um bem adquirido. Inalienável. É nosso. Só basta multiplica-lo, dividi-lo, soma-lo estando sempre juntos, mesmo que daqui por diante nossos filhos sigam caminhos aparentemente diferentes.
Eu queria mesmo que toda criança, todo adolescente tivesse a chance de ser um aluno Canarinho, ou um aluno Sapiens.
E isso utopia. Utopia pra mim é uma coisa plenamente realizável. Basta querer.
Eu podia passar mais do que meia hora aqui falando de cada um em particular, direção, coordenação, professores tão queridos meus, funcionários e amigos, dizendo das conquistas que vi acontecerem, dizendo do sorriso, da confiança. Mas a gente sabe disso tudo, lágrimas a mais seriam redundâncias.
Então eu prefiro acreditar que cada um de vocês que fazem esta escola hoje se sintam abraçados, agraciados, envolvidos por uma luz que é interna e ao mesmo tempo vem de Deus. Vocês todos são iluminados, especiais, únicos e abrem os braços pra incluir cada dia mais gente neste ciclo. De novo a eternidade.
Minha gratidão é eterna, minha vontade de que esta escola continue firme e sempre pautada na delicadeza, observação, empenho e carinho da Célia Luna, essa vontade é enorme. Porque é na pessoa dela que agradeço a cada um de vocês.
Muito antes do momento em que a Clarissa me escolheu pra ser mãe, eu já tinha escolhido a Célia pra cria-la junto comigo.
E ela sabe disso.
A emoção deste momento vai ficar conosco pra sempre, como uma alegria. E a gente pode lembrar dela cada vez que quiser se reenergizar em direção à eternidade.
Quem é eterno sabe optar. Quem sabe optar, sabe ensinar à optar. E quem aprende à optar, opta pela eternidade de si mesmo, do planeta e do amor.
Eita eu nem tinha falado do amor, mas amor sempre está incluído em eternidade.
É porque o amor permeia todo o caminho que nos fez chegar até aqui.
E é com amor que nos despedimos. Eu e minha filha. Nós todos e esta escola, que foi a melhor opção de todos nós.
Que isso tudo se eternize, é minha oração.
Obrigada."
domingo, dezembro 09, 2007
terça-feira, dezembro 04, 2007
visitas à infância - série 2
essa aí veio de longe.
no site onde a encontrei tem esta data, copio dessa forma, mas eu já tocava essa canção ali pelos meus 13 anos. 1981. Foi a segunda que aprendi no piano, tirada de ouvido.
Confesso agora que a primeira foi uma do Fábio Jr., minha paixão recolhida, assumo.
Profundo pecado no conservatório de minha infância.
O pecado não era gostar do Fábio Jr. Isso virou pecado depois.
O pecado era tirar música popular de ouvido, enquanto eu devia estar tocando Mozart e companhia. Sem preconceitos posteriores, é claro.
Foram muitos anos de paixão por essa música. Viajante.
Já pensou?
Uma criança, porque eu era criança aos 13 anos, cantando essa canção como se soubesse o que estava dizendo?
Ainda sou criança, mas cresci e sei hoje muito bem, hoje, vejam bem, agora mesmo, o que essa canção quer dizer.
Na minha saga de redefinição das palavras, resignificação seria melhor, ela apareceu.
E eu compartilho com vc.
http://www.paixaoeromance.com/80decada/viajante/h_viajante.htm
no site onde a encontrei tem esta data, copio dessa forma, mas eu já tocava essa canção ali pelos meus 13 anos. 1981. Foi a segunda que aprendi no piano, tirada de ouvido.
Confesso agora que a primeira foi uma do Fábio Jr., minha paixão recolhida, assumo.
Profundo pecado no conservatório de minha infância.
O pecado não era gostar do Fábio Jr. Isso virou pecado depois.
O pecado era tirar música popular de ouvido, enquanto eu devia estar tocando Mozart e companhia. Sem preconceitos posteriores, é claro.
Foram muitos anos de paixão por essa música. Viajante.
Já pensou?
Uma criança, porque eu era criança aos 13 anos, cantando essa canção como se soubesse o que estava dizendo?
Ainda sou criança, mas cresci e sei hoje muito bem, hoje, vejam bem, agora mesmo, o que essa canção quer dizer.
Na minha saga de redefinição das palavras, resignificação seria melhor, ela apareceu.
E eu compartilho com vc.
http://www.paixaoeromance.com/80decada/viajante/h_viajante.htm
(1989)
Composição: Teresa Tinoco
Interpretação: Ney Matogrosso
Eu me sinto tolo como um viajante
Pela tua casa, pássaro sem asa, rei da covardia
E se guardo tanto essas emoções nessa caldeira fria
É que arde o medo onde o amor ardia
Mansidão no peito trazendo o respeito
Que eu queria tanto derrubar de vez
Pra ser seu talvez, pra ser seu talvez
Mas o viajante é talvez covarde
Ou talvez seja tarde pra gritar que arde no maior ardor
A paixão contida, retraída e nua
Correndo na sala ao te ver deitada
Ao te ver calada, ao te ver cansada, ao te ver no ar
Talvez esperando desse viajante
Algo que ele espera também receber
E quebrar as cercas com que insistimos em nos defender
domingo, dezembro 02, 2007
Williams Pereira
O vento e o mar calaram os dedos da canção!
Só por um tempo!
Porque canção é eterna!
Nem dá pra descrever dor nem saudade!
Peço a Deus que ilumine vocês amigos mais próximos, família, pra terem força e ousadia de te-lo sempre reverenciado na memória
Memória feliz!
De um homem doce, guiado pela canção!
Minha oração, ouvindo agora o cd dele e de Mariana Leporace
http://www.myspace.com/mariannaleporaceewillianspereira
agora mesmo, é que ele está em paz.
Em paz e em música!
Para sempre, amém!
Só por um tempo!
Porque canção é eterna!
Nem dá pra descrever dor nem saudade!
Peço a Deus que ilumine vocês amigos mais próximos, família, pra terem força e ousadia de te-lo sempre reverenciado na memória
Memória feliz!
De um homem doce, guiado pela canção!
Minha oração, ouvindo agora o cd dele e de Mariana Leporace
http://www.myspace.com/mariannaleporaceewillianspereira
agora mesmo, é que ele está em paz.
Em paz e em música!
Para sempre, amém!
lula queiroga e eu
acabei de chegar do show de Lula.
Pernambuco na veia.
Foi bom!
Eu gostei! Não o conhecia, além do "quanta ladeira". Oh saudade! mas não é a saudade que me move.
É meu momento de encontrar coisas que não sei. Momento de me encontrar com os abraços que recebi. Gente que nunca mais tinha visto. Muito carinho no ar.
Me senti bem diante das fotos. Celso Oliveira, Ângela Moraes, Beatriz Furtado, André Scarlazari.
Tanto trabalho bom, tanto olhar captado, tanto mundo dentro da DiVerCidade.
Lula Queiroga.
Cantou canções inéditas, cantou sucessos de Lenine, pra mim soou tudo inédito, com muita programação. Um show que começou cansado e foi criando energia. E eu bebi música, sem álcool. E dançei e curti, um sábado de muuuuito tempo.
Eu sei que saudade não cabe em lugar nenhum agora que não cabe em mim que encontrei um lugar pra habitar.
E música de Lula Queiroga hoje caiu como Reck Beat. Deu pra chegar junto, me diverti, senti uma cidade pulsar e ao mesmo tempo não enlouqueci nem quis estar num outro lugar.
Meu lugar é aqui e agora!
E citando Lula Queiroga..... poxa esqueci de comprar o cd....!!!
" Amanhã você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã, você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã, você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã".... ah... eu posso repetir isso até amanhã e amanhã sempre vai ser amanhã...
Aquela música me deixou meio surda como tantos shows hoje em dia. Meio sonza, meio música. Me deu vontade de palco. Me deu vontade de platéia. E eu me segurei em mim agora mesmo. Nem palco, nem platéia.
Música!
Ele não é nenhum Sérgio Santos, mas eu também não sou nenhuma Maria Calas.
Música mexe comigo. Mesmo aquela que poderia não encantar. Música mexe comigo. Tudo que eu permito que se aproxime mexe comigo.
E a música se aproxima sem que eu queira.
Como você amanha, quando me encontrar.
Pernambuco na veia.
Foi bom!
Eu gostei! Não o conhecia, além do "quanta ladeira". Oh saudade! mas não é a saudade que me move.
É meu momento de encontrar coisas que não sei. Momento de me encontrar com os abraços que recebi. Gente que nunca mais tinha visto. Muito carinho no ar.
Me senti bem diante das fotos. Celso Oliveira, Ângela Moraes, Beatriz Furtado, André Scarlazari.
Tanto trabalho bom, tanto olhar captado, tanto mundo dentro da DiVerCidade.
Lula Queiroga.
Cantou canções inéditas, cantou sucessos de Lenine, pra mim soou tudo inédito, com muita programação. Um show que começou cansado e foi criando energia. E eu bebi música, sem álcool. E dançei e curti, um sábado de muuuuito tempo.
Eu sei que saudade não cabe em lugar nenhum agora que não cabe em mim que encontrei um lugar pra habitar.
E música de Lula Queiroga hoje caiu como Reck Beat. Deu pra chegar junto, me diverti, senti uma cidade pulsar e ao mesmo tempo não enlouqueci nem quis estar num outro lugar.
Meu lugar é aqui e agora!
E citando Lula Queiroga..... poxa esqueci de comprar o cd....!!!
" Amanhã você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã, você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã, você vai me encontrar e vai me achar melhor do que eu sou! "
" Amanhã".... ah... eu posso repetir isso até amanhã e amanhã sempre vai ser amanhã...
Aquela música me deixou meio surda como tantos shows hoje em dia. Meio sonza, meio música. Me deu vontade de palco. Me deu vontade de platéia. E eu me segurei em mim agora mesmo. Nem palco, nem platéia.
Música!
Ele não é nenhum Sérgio Santos, mas eu também não sou nenhuma Maria Calas.
Música mexe comigo. Mesmo aquela que poderia não encantar. Música mexe comigo. Tudo que eu permito que se aproxime mexe comigo.
E a música se aproxima sem que eu queira.
Como você amanha, quando me encontrar.
terça-feira, novembro 27, 2007
MÁRIO QUINTANA
Por favor,não me analise,
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda, quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente...
Todo cheio de marcas que a vida deixou...
Vejo em cada grito de exigência um pedido de carência, um pedido de amor!
Amor é síntese, é uma integração de dados, não há que tirar nem por.
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços e eu serei o perfeito amor.
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda, quanto mais eu...
Ciumento, exigente, inseguro, carente...
Todo cheio de marcas que a vida deixou...
Vejo em cada grito de exigência um pedido de carência, um pedido de amor!
Amor é síntese, é uma integração de dados, não há que tirar nem por.
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva todo em seus braços e eu serei o perfeito amor.
sábado, novembro 24, 2007
visitas à infância - série 1
a infância da gente é toda cheia de situações que merecem quase sempre uma visita.
uma visita adulta observando a criança.
hoje a minha criança me lembrou que eu sempre cantava essa canção
e sempre queria saber que sentido ela tinha...
hoje eu sei...
o sentido que ela tem
e é muito bom saber...
como vai você
roberto carlos
Como vai você ?
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
uma visita adulta observando a criança.
hoje a minha criança me lembrou que eu sempre cantava essa canção
e sempre queria saber que sentido ela tinha...
hoje eu sei...
o sentido que ela tem
e é muito bom saber...
como vai você
roberto carlos
Como vai você ?
Eu preciso saber da sua vida
Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia
Anoiteceu e eu preciso só saber
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão de minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
Como vai você ?
Que já modificou a minha vida
Razão da minha paz já esquecida
Nem sei se gosto mais de mim ou de você
Vem, que a sede de te amar me faz melhor
Eu quero amanhecer ao seu redor
Preciso tanto me fazer feliz
Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você
sábado, setembro 29, 2007
eu e eu e quem mais?
tenho uma maneira peculiar de ser.
todos temos!
a partir de experiências próprias, vou explicando como...
pode parecer a você que tenho essa angústia toda, essa tristeza, melancolia, saudade do passado, saudade do futuro, saudade do presente.
é só discurso.
tou mudando.
o discurso.
não preciso pagar pedágio pra ser feliz.
eu sei. mas não digo.
digo, mas não pareço viver assim.
Mas vivo.
ser independe. só escolho a forma de demonstrar.
aliás, escolho agora que sei como.
liberdade é isso? É não esperar? Apenas seguir? Você me diz e eu acredito.
Mesmo quando tudo parece parado, nada está. É movimento constante.
Ausência de medo.
Temor não há.
cantar de outra forma já canto. você me encantou.
e me ensinou o que eu sempre ensinei.
fé, confiança, sabedoria ancestral.
eu agradeço.
eu e eu e quem mais?
cada um por aí reformado pelo amor.
do jeitinho que Monteiro Lobato uma vez projetou, intuiu, divulgou.
a reforma da natureza.
eu e eu e o amor.
basta.
todos temos!
a partir de experiências próprias, vou explicando como...
pode parecer a você que tenho essa angústia toda, essa tristeza, melancolia, saudade do passado, saudade do futuro, saudade do presente.
é só discurso.
tou mudando.
o discurso.
não preciso pagar pedágio pra ser feliz.
eu sei. mas não digo.
digo, mas não pareço viver assim.
Mas vivo.
ser independe. só escolho a forma de demonstrar.
aliás, escolho agora que sei como.
liberdade é isso? É não esperar? Apenas seguir? Você me diz e eu acredito.
Mesmo quando tudo parece parado, nada está. É movimento constante.
Ausência de medo.
Temor não há.
cantar de outra forma já canto. você me encantou.
e me ensinou o que eu sempre ensinei.
fé, confiança, sabedoria ancestral.
eu agradeço.
eu e eu e quem mais?
cada um por aí reformado pelo amor.
do jeitinho que Monteiro Lobato uma vez projetou, intuiu, divulgou.
a reforma da natureza.
eu e eu e o amor.
basta.
quarta-feira, setembro 19, 2007
eu e o mar
Saí pra encontrar o mar no final da tarde.
Aqui mesmo, perto de casa.
Não bastava mais vê-lo da janela.
Descalça eu cheguei mais perto, senti mesmo a areia embaixo dos pés, num afago que a tempos não quis.
Eu posso sempre vir até aqui, mas não venho...
E a água veio de mansinho e disse olá!
Tudo meio tímido, como acontece quando se quer muito e não se sabe como.
E eu fiquei naquela vontade doida de me jogar n´agua sem pensar em nada mais.
Pesar.
A vida estava às minha costas, gente caminhando, carros passando, turistas nas barracas tão pertinho que eu nem tinha mais como não saber o que falavam.
Todos falam um só idioma frente ao mar.
E eu não fiz a minha vontade. Fiquei naquele namoro de: mais tarde, quando eu tiver mais tempo, quando tudo for perfeito. Quando eu não tiver à vida me batendo às costas.
E eu lembrei de mim, me encontrei diante da vida naquele mesmo contato.
Deixa pra mais tarde porque agora não dá tempo de viver.
Tenho trabalho, contas à pagar, projetos, tudo caminha muito bem.
Quando for o momento eu mergulho, no mar e na vida.
E eu voltei. Meio desgostosa mas muito feliz porque cheguei até ali.
Não foi o suficiente mas eu cheguei até ali.
Não me deixei tomar inteira mas eu cheguei até aqui.
Não me deixa mais esse conforto. O mar está bem aqui. Ao alcance do olho, da mão, iluminado com o final da tarde.
Todo mundo tem vontade de ficar somente ali.
Eu tenho muita vontade de viver a vida como quem se deixa amar pelo mar.
Por mais perigoso que pareça, ainda é o mar, ainda é violento e calmo. Sensível e enganador. Mas é o mar e eu o quero muito.
E vou voltar mais vezes, vou me dar tempo de amar.
Vou mergulhar e sentir aquela água quentinha tomando conta de mim, me cuidando, o sal lambendo o que não deve estar ali. O sal despoluindo. O sal tirando os maus espíritos. A agua me embalando do jeito que ela quer e não do jeito que eu quero.
O mar é completamente perfeito e quero vive-lo como vivo a minha vida.
E quero que seja agora.
E não me basta mais esperar o momento perfeito.
A perfeição!
Eu já a trago em mim.
Só me basta aproveitar.
Amém.
Aqui mesmo, perto de casa.
Não bastava mais vê-lo da janela.
Descalça eu cheguei mais perto, senti mesmo a areia embaixo dos pés, num afago que a tempos não quis.
Eu posso sempre vir até aqui, mas não venho...
E a água veio de mansinho e disse olá!
Tudo meio tímido, como acontece quando se quer muito e não se sabe como.
E eu fiquei naquela vontade doida de me jogar n´agua sem pensar em nada mais.
Pesar.
A vida estava às minha costas, gente caminhando, carros passando, turistas nas barracas tão pertinho que eu nem tinha mais como não saber o que falavam.
Todos falam um só idioma frente ao mar.
E eu não fiz a minha vontade. Fiquei naquele namoro de: mais tarde, quando eu tiver mais tempo, quando tudo for perfeito. Quando eu não tiver à vida me batendo às costas.
E eu lembrei de mim, me encontrei diante da vida naquele mesmo contato.
Deixa pra mais tarde porque agora não dá tempo de viver.
Tenho trabalho, contas à pagar, projetos, tudo caminha muito bem.
Quando for o momento eu mergulho, no mar e na vida.
E eu voltei. Meio desgostosa mas muito feliz porque cheguei até ali.
Não foi o suficiente mas eu cheguei até ali.
Não me deixei tomar inteira mas eu cheguei até aqui.
Não me deixa mais esse conforto. O mar está bem aqui. Ao alcance do olho, da mão, iluminado com o final da tarde.
Todo mundo tem vontade de ficar somente ali.
Eu tenho muita vontade de viver a vida como quem se deixa amar pelo mar.
Por mais perigoso que pareça, ainda é o mar, ainda é violento e calmo. Sensível e enganador. Mas é o mar e eu o quero muito.
E vou voltar mais vezes, vou me dar tempo de amar.
Vou mergulhar e sentir aquela água quentinha tomando conta de mim, me cuidando, o sal lambendo o que não deve estar ali. O sal despoluindo. O sal tirando os maus espíritos. A agua me embalando do jeito que ela quer e não do jeito que eu quero.
O mar é completamente perfeito e quero vive-lo como vivo a minha vida.
E quero que seja agora.
E não me basta mais esperar o momento perfeito.
A perfeição!
Eu já a trago em mim.
Só me basta aproveitar.
Amém.
terça-feira, setembro 18, 2007
saber
Faz escuro enquanto espero e nenhuma poesia embala minha angústia.
que angústia?
invento um outro nome para pressa?
ou seria uma nova forma de ficar em silêncio quando devo cantar?
ou uma nova forma de cantar quando devo ficar em silêncio?
ou não preciso cantar meus silêncios enquanto eles me cantam uma pressa incômoda?
meus longes, meus pertos, estão todos confusos, misturados.
Meu dicionário não me serve mais pois descobri já, já que confundia sentimentos, sensações, palavras.
Expressão.
Resignificação.
É disso que eu preciso.
As palavras sempre foram minhas amigas, aliadas, caridosas.
Mas eu nunca as conheci direito.
Assim como não conhecia a mim, a tudo.
Saber é um estado de graça.
Que não nasce nunca. Não morre. É eterno. Sempre esteve.
Eu é que não sabia.
que angústia?
invento um outro nome para pressa?
ou seria uma nova forma de ficar em silêncio quando devo cantar?
ou uma nova forma de cantar quando devo ficar em silêncio?
ou não preciso cantar meus silêncios enquanto eles me cantam uma pressa incômoda?
meus longes, meus pertos, estão todos confusos, misturados.
Meu dicionário não me serve mais pois descobri já, já que confundia sentimentos, sensações, palavras.
Expressão.
Resignificação.
É disso que eu preciso.
As palavras sempre foram minhas amigas, aliadas, caridosas.
Mas eu nunca as conheci direito.
Assim como não conhecia a mim, a tudo.
Saber é um estado de graça.
Que não nasce nunca. Não morre. É eterno. Sempre esteve.
Eu é que não sabia.
segunda-feira, setembro 03, 2007
e a saudade, o que é?
é a sua mão que procuro.
inevitável.
quando saio do carro. ando na rua. encaro caminhos.
é sua cabeça que eu afago, assim de longe, perto.
tão perto.
é seu olho que eu miro.
sua voz que escuto naquela impressão sobre um fato.
um filme. uma questão qualquer.
é seu sentido atento que me faz enxergar minha falta de atenção.
cuidado! olha o freio! essa velocidade! presta atenção...
assim você falando em mim quando não está aqui.
eu escuto.
busco sua mão.
enxergo seu olho.
lhe enxergo em mim.
e a saudade o que é?
é esse misto de coisa nenhuma e tudo.
já se falou tanto, tanto, tanto...
tanta poesia, tanta canção.
e nada traduz.
não a nossa.
da sua saudade eu entendo.
da minha saudade só você.
me manda mensagem à tarde.
só li de noitinha. quando a falta do seu braço quis me sufocar.
e ali a saudade se desfez.
e só "eu amo você" fica aqui em todo lugar.
eu durmo só.
mas durmo bem.
o sonho é bom.
e a saudade, o que é?
amanha é uma outra
até você chegar aqui.
inevitável.
quando saio do carro. ando na rua. encaro caminhos.
é sua cabeça que eu afago, assim de longe, perto.
tão perto.
é seu olho que eu miro.
sua voz que escuto naquela impressão sobre um fato.
um filme. uma questão qualquer.
é seu sentido atento que me faz enxergar minha falta de atenção.
cuidado! olha o freio! essa velocidade! presta atenção...
assim você falando em mim quando não está aqui.
eu escuto.
busco sua mão.
enxergo seu olho.
lhe enxergo em mim.
e a saudade o que é?
é esse misto de coisa nenhuma e tudo.
já se falou tanto, tanto, tanto...
tanta poesia, tanta canção.
e nada traduz.
não a nossa.
da sua saudade eu entendo.
da minha saudade só você.
me manda mensagem à tarde.
só li de noitinha. quando a falta do seu braço quis me sufocar.
e ali a saudade se desfez.
e só "eu amo você" fica aqui em todo lugar.
eu durmo só.
mas durmo bem.
o sonho é bom.
e a saudade, o que é?
amanha é uma outra
até você chegar aqui.
terça-feira, agosto 28, 2007
começos...
tudo começou assim.
exatamente como tudo começa.
trazendo em si todo um mundo completo, perfeito, com perfume e tudo.
mas encarar um começo como um todo é forte demais pra qualquer cristão.
cristão aqui é só força de expressão...
é forte demais pra qualquer um que tenha paz, esperança, piedade, força e alegria.
pronto.
melhorou?
então, voltemos ao começo.
naquele tempo eu, com a minha maneira apressada de ver a vida, já vi o futuro inteirinho.
E joguei ele pra longe. como tudo o que a gente vê pronto. Vira horizonte.
e a vida me obrigou a ir devagar, desconstruindo a perfeição imaginária, pra construir a imprecisão necessária à felicidade.
Chegar perto. Viver.
E aqui estou hoje.
feliz.
imaginada e realmente.
construída a partir da desconstrução de padrões, de modelos, de normas.
pra que mesmo estas leis existem, não é?
pra impedir que sigamos livres passando por cima de uns tantos e sendo arrasados por outros tantos?
bem.
que a lei exista, existe.
mas nada me impede de leva-la ali adiante. Nada me impede de alcançar um mundo sem repressão.
e não estou sendo libertária. longe de mim. me falta tato pra isso.
quero ser feliz como sou. muito sem me incomodar com o que pode ou deve ou quando ou onde.
estou. sou. somos
o amor inundou tudo. a paixão ascendeu as placas e agora é só seguir.
demorou enxergar que enxergar é diferente do que eu pensava.
eu enxergo perfeitamente quem não sou eu.
mas aprendi a enxergar sem perfeição quem estou começando a querer ser. sendo.
é confuso?
lógico.
não controlo mais meu fluxo.
porque a vida me ensinou que já aprendi demais.
agora é hora de viver.
exatamente como tudo começa.
trazendo em si todo um mundo completo, perfeito, com perfume e tudo.
mas encarar um começo como um todo é forte demais pra qualquer cristão.
cristão aqui é só força de expressão...
é forte demais pra qualquer um que tenha paz, esperança, piedade, força e alegria.
pronto.
melhorou?
então, voltemos ao começo.
naquele tempo eu, com a minha maneira apressada de ver a vida, já vi o futuro inteirinho.
E joguei ele pra longe. como tudo o que a gente vê pronto. Vira horizonte.
e a vida me obrigou a ir devagar, desconstruindo a perfeição imaginária, pra construir a imprecisão necessária à felicidade.
Chegar perto. Viver.
E aqui estou hoje.
feliz.
imaginada e realmente.
construída a partir da desconstrução de padrões, de modelos, de normas.
pra que mesmo estas leis existem, não é?
pra impedir que sigamos livres passando por cima de uns tantos e sendo arrasados por outros tantos?
bem.
que a lei exista, existe.
mas nada me impede de leva-la ali adiante. Nada me impede de alcançar um mundo sem repressão.
e não estou sendo libertária. longe de mim. me falta tato pra isso.
quero ser feliz como sou. muito sem me incomodar com o que pode ou deve ou quando ou onde.
estou. sou. somos
o amor inundou tudo. a paixão ascendeu as placas e agora é só seguir.
demorou enxergar que enxergar é diferente do que eu pensava.
eu enxergo perfeitamente quem não sou eu.
mas aprendi a enxergar sem perfeição quem estou começando a querer ser. sendo.
é confuso?
lógico.
não controlo mais meu fluxo.
porque a vida me ensinou que já aprendi demais.
agora é hora de viver.
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